domingo, 28 de julho de 2013

O que o vento traz...


Está frio. E aquele café requentado que tomei no fim da tarde me aquece, mas não como você. É duro olhar para aquele cantinho da sala onde costumávamos conversar sobre o nosso dia, sobre nossas vidas e pessoas que nos fizeram mal e perceber que agora não passa de um simples sofá. Com aquela manta xadrez que costumava nos envolver, e me envolvendo você ia em seus braços, que apenas eu considerava forte. Você olhava pra mim, e eu, na minha dúvida impertinente perguntava o por quê daquele olhar tão profundo e singelo. Você dizia que era apenas de admiração.

Tento fugir dessas memórias. E então vou pro meu quarto, no intuito de que a cama me nine e me faça esquecer todas aquelas lembranças que vem junto ao vento frio. Sem sucesso. Por um olhar de relance vejo aquele urso de pelúcia dado por você no dia em que fiquei doente. E então se passa todo o filme daquele dia em minha cabeça...

Quando abri os olhos, na cama, ainda debilitada, a primeira pessoa que avisto é você. Lembro que se abriu automaticamente um sorriso em meu rosto. E você dizia coisas que faziam meu dia cada vez mais feliz. E como esquecer o momento em que me deu o "Alfredo"( O mais querido dentre os meus ursos), você começou a dar explicações banais sobre como ele havia sido barato por ter sido comprado de última hora. E eu só fazia rir. Ria porque não importava o valor, eu amaria ganhar até mesmo um pega varetas contanto que viesse de você.

É, como o amor é irônico. Levei meses pra me acostumar com sua ausência. Tentei gostar de outras pessoas, fazer novos amigos, até fui em piscicólogos a fim de saber se meu vício tinha cura. Sem resultados, por que não havia remédio que me fizesse te esquecer ( pelo menos uma vez a amnésia me faria bem), não havia analgésico que fizesse parar a dor de não te ter ao meu lado.

Prova disso, é que eu estou aqui, escrevendo mais um desses textos, que eu prometi que não mais seriam pra você. Foi ai que eu percebi que nenhum doutor pós graduado poderia me ajudar nessa questão. A única solução seria ter o seu sorriso encantador comigo mais uma vez.

Tá vendo o que o amor fez comigo? Ele fez eu odiar uma coisa que antes eu amava: O frio. Por que agora o frio não vem somente acompanhado de um vento forte. Ele traz consigo tudo que eu deveria esquecer, tudo que tem relação com seu nome, tudo que me lembra você.


                                                                                                                 (Alice M.)
                                                                                            

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Minha inspiração


Olá Confidencianas! 

Antes de qualquer coisa, gostaria de dizer que devido a minha falta de tempo, problemas pessoais, estudos e como se não bastasse, uma leve enfermidade para ocupar o meu tempo, estou um tanto sumida do blog. Saibam que, se fosse da minha vontade, postaria muito mais textos para vocês. Mas nem sempre a maré está ao nosso favor, e para isso é preciso um pouco de inspiração também. É sobre isso que quero falar. 

Hoje eu atrasei um pouquinho o relógio só pra poder contar um segredinho pra vocês: A minha inspiração para o texto O beijo que não era francês

Pra ser sincera, a inspiração veio mesmo para o nome do texto, que acabou conversando incrivelmente bem com a música que escolhi. Acontece muito de eu criar o texto e ficar me perguntando qual nome colocar. Daí lembrei imediatamente de um livro que havia lido a um tempo atrás. Infelizmente, só pude ler o início, porque o livro era de outra pessoa. Mas aquele início foi um dos melhores inícios de livros que já li e ficou marcado na minha memória. Ainda pretendo lê-lo, e agora tenho a oportunidade de apresentar pra vocês:

 O livro é esse da imagem ao lado e se chama "Anna e o Beijo Francês". Todas as pessoas com as quais eu conversei e que leram, ficaram encantadas com o romance. E como eu ainda não li (mimimi :c), me senti na obrigação de procurar algumas frases legais do livro pra vocês! Prontas? Lá vai:

"Mas eu poderia estar confundindo amizade com alguma coisa maior, porque eu queria confundir com alguma coisa maior."

"Adoro me sentar ao lado dele na aula de física. Encostar nele durante as aulas de laboratório. Sua letra feia nas nossas folhas de trabalho. Adoro entregar sua mochila quando nossa aula acaba porque assim meus dedos ficam com seu cheiro pelos próximos dez minutos. (…) Adoro sua risada de menino, suas camisetas amassadas e seu gorro de crochê. Adoro seus grandes olhos castanhos e o modo como ele morde as unhas, e gosto tanto do seu cabelo que eu poderia morrer. Só tem uma coisa que eu não gosto nele. Ela."

“Ele disse que eu sou linda, mas eu não sei se é um flerte, ou um modo dele de ser amigo-de-todo-mundo, ou se isso veio de alguma coisa pessoal.”

“Qualquer cara que seja homem de verdade seria um louco de não gostar de você.”

"Eu adoro quando ele ergue uma sobrancelha quando digo alguma coisa que acha inteligente ou divertida. Adoro ouvia suas botas batendo no teto do meu quarto. Adoro que o acento no seu primeiro nome seja agudo, e que ele tenha um sotaque lindo. Eu amo tudo isso."

" - Eu amo Paris - digo
   - E tenho certeza de que Paris a ama também."

 "Eu a amo como certas coisas obscuras são amadas, secretamente, entre a sombra e a alma." 


Agora me diz: Quem, além de mim, não está louca para embarcar neste romance? 

Beijos de Luz :*


 

 




quinta-feira, 11 de julho de 2013

Efeitos colaterais


Não gosto de você! Se necessário, ainda grito: Não gosto de você! Mas por que meu corpo e meu coração insistem em dizer o contrário?

Será que alguém poderia me explicar o motivo de tanta preocupação ao saber que você estará no mesmo lugar que eu? Alguém poderia me apontar o porque daquele mini ataque do coração que tive quando te vi outro dia? Alguém poderia me dizer porque não conseguimos ficar tão pertos um do outro? Parece que tenho um certo tipo de alergia a você. Qualquer toque que nossas peles tenham e pronto! Meu coração dispara aceleradamente. Por que isso acontece, se... Eu não gosto de você!

Triste momento em que nossos olhares se cruzam... Parecemos sentir o mesmo, E logo abaixamos a cabeça. Os disfarces, as camuflagens, o mudar de assunto, nada esconde aquilo que já tá na cara. E se você toca em mim então, em algum tipo de brincadeira, cada vez mais séria... minha mão parece congelar. Meu corpo começa a suar frio, meu mundo parece desabar, mas porque isso? Se eu não gosto de você!

Asseguro-me mais uma vez dessa verdade tão irreal: Não gosto de você! Então alguém poderia me explicar o porque da minha mudança de cor quando vi que a ligação era sua? Ou da minha mudança repentina de humor ao ver que você não respondeu aquela minha mensagem? Ou do que meus dedos sentiram ao digitar seu número no meu celular? Não, mas isso não deve ser nada... digo a minha melhor amiga, aquela que escuta todas essas bobagens com uma cara de super desconfiança. -Claro que não, diz ela com olhar de sarcásmo. Nossa, mas por que tanta desconfiança, se... Eu não gosto de você!

Eu digo, repito, e repito outra vez... Mas não adianta! O mundo, as pessoas e meus sentimentos estão de mal comigo. Insistem em me contradizer, Mas mesmo assim, ainda insisto: Não, não gosto de você. O motivo de todos esses efeitos colaterais que você causa, nem mesmo um profissional poderia diagnosticar. É uma coisa tão estranha e inesplicável ao ponto de me confundir. E confusão é a última coisa que preciso nesse momento em minha vida. Você já é o bastante.

Já não tenho mais tanta certeza, mas continuo dizendo quantas vezes for necessário: N-ã-o g-o-s-t-o d-e v-o-c-ê ! É verdade sim, mas por que? Por que sinto tudo isso quando te vejo? Droga de sentimento que não me deixa me paz! Pra me livrar de tudo isso, mais uma vez eu digo: Não gosto de você! Pena que meu coração e meu corpo não podem dizer o mesmo.


                                                                                                                  (Alice M.)
                                                                                                    

terça-feira, 2 de julho de 2013

O beijo que não era francês

Desce no fim do post e dá o play ;)



Foi engraçado. O mais legal de tudo foi saber que você também se divertiu, apesar de todo o nosso nervosismo disfarçado por sorrisos. Não havia cenário deslumbrante nem música de fundo quando você me beijou. Mas o dia estava nublado e chuvoso, e isso era mais que perfeito pra mim, além de você, é claro, que fazia com tudo parecesse um filme. Lamentei o fato de não morarmos na França e aqui não nevar. Seria incrível poder visualizar a neve caindo ao mesmo tempo em que os seus lábios tocaram os meus. Acho que visualizar não é a palavra mais adequada para aquele instante, mas sim, sentir. O gelo das nossas mãos foi suficiente para nós.


Confesso que cheguei a olhar ao redor para verificar se não havia mesmo câmeras, um diretor de cinema e um texto para que eu não errasse a fala. Percebi que a fala era o que menos importava naquele momento.


Você estava sem jeito. Não sei por que, mas tive a sensação de que a culpa era minha. Não sei se era a minha falta de experiência ou meu jeito que era diferente das garotas que você estava acostumado (ou paranoia minha mesmo). Também não sei ao certo se isso foi ruim, mas acho que atuei direitinho. A única coisa que sei é que aquele lugar ficará marcado eternamente. Toda ás vezes que eu ou você passar por aquela praça, certamente ocorrerá uma viajem no tempo. E provavelmente sentiremos de novo aquele cheirinho de terra molhada junto com aquele velho sentimento mais conhecido como “frio na barriga”.


Quando fui embora, resolvi que iria guardar aquele momento comigo, junto com o meu guarda-chuva velho. Não queria compartilhar com ninguém. Não por nada, mas quem já sentiu algo parecido irá entender. É só vontade de ficar quietinha, no seu canto, sem ouvir opiniões ou conselhos que no fundo não são nada mais que verdades imensas. Eu queria lembrar e sorrir sem ter que explicar por que. Ser feliz em silêncio, apenas.