segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Saudade de estar aqui



O que te vem a mente quando se ouve a palavra- Saudade? Talvez daquela viagem que fez nas férias com sua família, aquela amizade que evaporou tão rapidamente que nem deu tempo completar seu "adeu...", ou até mesmo (muitas vezes) aquele amor cheio de "para sempres" , que no fundo não passava de um grande vazio. Ah, mas convenhamos que existem muitos outros motivos pelos quais podemos sentir a tão doída saudade. E essa semana, um dos muitos tipos pela qual ela se manisfesta resolveu me invadir. E quem disse que pede licença?!

Se trata de um tipo muito raro da doença, já diria algum doutor por aí... Principalmente no mundo de hoje! Sim, e acho que essa pode trazer efeitos bem piores, tornando todas as outas café pequeno. Do que eu estou falando? Da saudade das palavras! E como dói.

Perder a inspiração é sem dúvidas sinônimo de perder a cabeça. Afinal, para onde corre um escritor sem inspiração? Sem a caneta e o papel? Não corre. Paralisa. Não vai a lugar algum!Por isso posso dizer que essa é a pior saudade, por que se você sente falta de alguém, todos os incentivos são: "Siga em frente!" "Recomece!". Mas nem tente seguir em frente se o motivo da sua saudade for as palavras...

Seja saudade de leitura de um livro bom, que de tão bom te faz viver junto, seja de ler uma carta de amor que traga um sorriso automático em seu rosto, seja de escrever um texto do qual tanto se orgulha ao ver o orgulho estampado no rosto de seus amigos. Saudade de palavras te deixa quase morta. Pois são as palavras que alimentam. Que me alimentam. Que te alimentam todo santo dia.

Palavras como essas, que já não sinto há tempos. E que a cada letrinha que sai na tela do computador me faz sentir cada vez mais alimentada, mais viva, como que renascendo. Aquela sensação se estar matando a maldita saudade, sabe? Ah, e se isso for crime, que me condenem por favor!

Pensando bem, sabe aquele "adeus" incompleto do começo do texto? Deixa ele lá mesmo, com as reticências. E que nunca o deixem terminar. Por que "adeus" nunca é uma boa coisa a se dizer, por mais que doa a saudade, por mais fácil que seja desistir.
                                                    
                                                                                   (Alice M.)

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Ciclos


Estou aqui, parada. Deitada na minha cama (não pode ser mais uma novidade o fato de que estar deitada na minha cama me traz inspiração), como se o mundo tivesse dado uma pequena pausa na vida. O barulho lá fora me lembra que não. Sim, sou só eu que parei – ou pirei, sei lá. Embora pareça loucura, eu acho mais que necessário esse momento de parar, pensar, rever, chorar, focar. É muito “ar” dentro da gente, e isso ás vezes sufoca e o único jeito de continuar – é ao mesmo tempo a única estrada que a gente não quer passar -, é deixar ir.
Eu preciso deixar ir, eu vou deixar... Aaa, mas eu não consigo! Não consigo porque não quero, e é sempre assim. Eu fico presa aos momentos, de um jeito tão forte que mesmo mudando inteiramente a minha personalidade, eu ainda estaria presa aos mesmos. É tão difícil explicar. Quase impossível, diria. Mas é preciso.

Tá difícil respirar. Eu sei que essa é a fase que me levará a uma nova mudança. Sempre depois que passo por momentos em que é necessário desapegar de algo ou alguém, eu cresço.  Cresço e descubro um novo mundo que estava guardado para mim. É uma sensação maravilhosamente boa. É como mergulhar em um mar desconhecido e a água tão limpa dá a impressão de não haver problemas por ali. Mas eu trago comigo uma bagagem da vida, e não me deixo totalmente entregue ao poder daquelas águas cristalinas. Primeiro coloco os pés, sinto a temperatura e a cada passo mais fundo, sinto a água cobrir todo o meu corpo. Quando eu me acostumo com aquele imenso mar e a sua temperatura se torna surpreendentemente agradável, eu mergulho, de cabeça mesmo, e me sinto a melhor pessoa do mundo. Isso dura tempo o suficiente para que eu me apegue ao ponto de não querer mais ir embora. Eu tenho que ir, mas não quero. Será que a vida poderia, pelo menos uma vez, dar uma pausa no seu ciclo estúpido e interminável e me escutar um pouco?

Eu não quero ir. Não quero, de forma alguma. Isso está tão explicito quanto as lágrimas nos meus olhos. Eu estou me negando a ir, a seguir esse tal de ciclo, como uma criança birrenta. Mas não tem jeito. Eu estou sendo arrancada, levada para longe das pessoas que eu amo. Parece que todos os ventos tornaram-se contrários a nós. Será que ajuda de alguma forma dizer que eu não tenho medo?  Tenho saudades, é diferente.
A dor que eu sinto é do tamanho do mundo.
Eu não quero me render, mas percebo que não tem mais jeito. Que todo esforço que eu fizer será em vão. Resta-me aceitar. E aos poucos, vou deixando ir, e vou me deixando ser levada por novos ventos. À espera de uma nova etapa. Pode ser que dessa vez eu tenha sorte e que essa nova fase me traga um novo amor. Mas pode ser tantas outras coisas também. Tudo novo de novo... Não é isso que a vida quer? Então, que assim seja.

domingo, 18 de agosto de 2013

Domingo

 
Antes de tudo, gostaria de iniciar esse post pedindo mil desculpas, por esse tempo que tanto eu como a Lore Luz estamos sem atualizar o blog. Tem sido dias corridos... E a inspiração ás vezes resolve se ausentar, não é verdade? Quem escreve entenderá! Então, sobre o meu mais novo texto, eu tenho á dizer que ele é um grande representante do tédio dos dias de domingo. Uma junção de tudo... Bem diferente dos textos que vocês estão acostumadas a ler, escritos por mim. Então não liguem, pelo fato de ele estar bem sem noção! Sem mais delongas... Vamos ao texto- "Domingo"


Meus domingos, são tão comuns quanto o seu. Afinal, pra que existe o domingo mesmo? Acho que deveria ser denominado o dia nacional do tédio. Pra falar a verdade, o domingo não passa de uma simples nostalgia. Tirar a preguiça do corpo, tocar violão, beber suco de cajá. Não, quem dera fosse o meu domingo assim, tão divertido! Entrei na zona conforto. Na sua zona de conforto. Meus domingos já foram bem melhores. Ah, se naquele domingo, do mês de julho eu converso com você, o que poderia então deixar meu dia ruim? Era sagrado, imaculado, intangível. Pelo menos pra mim, acho que... Apenas pra mim. O que fez domingo mudar de, passar o dia conversando com você, mesmo que telepaticamente, para escrever um texto deprê... Totalmente inconsciente sobre como era bom passar o domingo com você? Nem tente, o coração ninguém pode explicar.

O domingo amanhece normalmente. A não ser naqueles dias em que, logo quando acordo, resolvo olhar meu celular, e vejo uma mensagem sua. O dia vira outra coisa... Mas espera, esse texto não era pra falar sobre domingos? E porque mesmo eu estou falando outra vez sobre você. Droga, esse é um domingo perfeito pra falar sobre você. Mas não, prefiro comer! Vou a cozinha e pego um pedaço de torta, que acabou de sair do forno. E porque eu estou falando de você, se tem uma torta que acabou de sair do forno? Acho que desperdiço muitas horas do meu precioso domingo pensando em você, falando você, respirando você. E olha que eu tenho alergia...

Acho que não tem pra onde fugir. Se você escreve textos, poesias, músicas... Seu domingo já tem um destino certo- O coração. Vai ver o domingo serve pra isso mesmo: Textos como esse, t o t a l m e n t e s e m n o ç ã o. Que se trata da nossa nostálgica emoção. Desse mesmo que você tá lendo. Que mistura prosa com rima, mistura um dia da semana com amor. Mistura todo o conteúdo da sua geladeira interior, nessa pizza que chamam de papel. E chego à conclusão, que o domingo é isso... Uma mistura!



E aí? O que acharam desse meu lado mais... "nóinha"?! Bom restinho de domingo pra vocês <3
           
                                                                                                       Alice M.
                                                                                    

domingo, 28 de julho de 2013

O que o vento traz...


Está frio. E aquele café requentado que tomei no fim da tarde me aquece, mas não como você. É duro olhar para aquele cantinho da sala onde costumávamos conversar sobre o nosso dia, sobre nossas vidas e pessoas que nos fizeram mal e perceber que agora não passa de um simples sofá. Com aquela manta xadrez que costumava nos envolver, e me envolvendo você ia em seus braços, que apenas eu considerava forte. Você olhava pra mim, e eu, na minha dúvida impertinente perguntava o por quê daquele olhar tão profundo e singelo. Você dizia que era apenas de admiração.

Tento fugir dessas memórias. E então vou pro meu quarto, no intuito de que a cama me nine e me faça esquecer todas aquelas lembranças que vem junto ao vento frio. Sem sucesso. Por um olhar de relance vejo aquele urso de pelúcia dado por você no dia em que fiquei doente. E então se passa todo o filme daquele dia em minha cabeça...

Quando abri os olhos, na cama, ainda debilitada, a primeira pessoa que avisto é você. Lembro que se abriu automaticamente um sorriso em meu rosto. E você dizia coisas que faziam meu dia cada vez mais feliz. E como esquecer o momento em que me deu o "Alfredo"( O mais querido dentre os meus ursos), você começou a dar explicações banais sobre como ele havia sido barato por ter sido comprado de última hora. E eu só fazia rir. Ria porque não importava o valor, eu amaria ganhar até mesmo um pega varetas contanto que viesse de você.

É, como o amor é irônico. Levei meses pra me acostumar com sua ausência. Tentei gostar de outras pessoas, fazer novos amigos, até fui em piscicólogos a fim de saber se meu vício tinha cura. Sem resultados, por que não havia remédio que me fizesse te esquecer ( pelo menos uma vez a amnésia me faria bem), não havia analgésico que fizesse parar a dor de não te ter ao meu lado.

Prova disso, é que eu estou aqui, escrevendo mais um desses textos, que eu prometi que não mais seriam pra você. Foi ai que eu percebi que nenhum doutor pós graduado poderia me ajudar nessa questão. A única solução seria ter o seu sorriso encantador comigo mais uma vez.

Tá vendo o que o amor fez comigo? Ele fez eu odiar uma coisa que antes eu amava: O frio. Por que agora o frio não vem somente acompanhado de um vento forte. Ele traz consigo tudo que eu deveria esquecer, tudo que tem relação com seu nome, tudo que me lembra você.


                                                                                                                 (Alice M.)
                                                                                            

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Minha inspiração


Olá Confidencianas! 

Antes de qualquer coisa, gostaria de dizer que devido a minha falta de tempo, problemas pessoais, estudos e como se não bastasse, uma leve enfermidade para ocupar o meu tempo, estou um tanto sumida do blog. Saibam que, se fosse da minha vontade, postaria muito mais textos para vocês. Mas nem sempre a maré está ao nosso favor, e para isso é preciso um pouco de inspiração também. É sobre isso que quero falar. 

Hoje eu atrasei um pouquinho o relógio só pra poder contar um segredinho pra vocês: A minha inspiração para o texto O beijo que não era francês

Pra ser sincera, a inspiração veio mesmo para o nome do texto, que acabou conversando incrivelmente bem com a música que escolhi. Acontece muito de eu criar o texto e ficar me perguntando qual nome colocar. Daí lembrei imediatamente de um livro que havia lido a um tempo atrás. Infelizmente, só pude ler o início, porque o livro era de outra pessoa. Mas aquele início foi um dos melhores inícios de livros que já li e ficou marcado na minha memória. Ainda pretendo lê-lo, e agora tenho a oportunidade de apresentar pra vocês:

 O livro é esse da imagem ao lado e se chama "Anna e o Beijo Francês". Todas as pessoas com as quais eu conversei e que leram, ficaram encantadas com o romance. E como eu ainda não li (mimimi :c), me senti na obrigação de procurar algumas frases legais do livro pra vocês! Prontas? Lá vai:

"Mas eu poderia estar confundindo amizade com alguma coisa maior, porque eu queria confundir com alguma coisa maior."

"Adoro me sentar ao lado dele na aula de física. Encostar nele durante as aulas de laboratório. Sua letra feia nas nossas folhas de trabalho. Adoro entregar sua mochila quando nossa aula acaba porque assim meus dedos ficam com seu cheiro pelos próximos dez minutos. (…) Adoro sua risada de menino, suas camisetas amassadas e seu gorro de crochê. Adoro seus grandes olhos castanhos e o modo como ele morde as unhas, e gosto tanto do seu cabelo que eu poderia morrer. Só tem uma coisa que eu não gosto nele. Ela."

“Ele disse que eu sou linda, mas eu não sei se é um flerte, ou um modo dele de ser amigo-de-todo-mundo, ou se isso veio de alguma coisa pessoal.”

“Qualquer cara que seja homem de verdade seria um louco de não gostar de você.”

"Eu adoro quando ele ergue uma sobrancelha quando digo alguma coisa que acha inteligente ou divertida. Adoro ouvia suas botas batendo no teto do meu quarto. Adoro que o acento no seu primeiro nome seja agudo, e que ele tenha um sotaque lindo. Eu amo tudo isso."

" - Eu amo Paris - digo
   - E tenho certeza de que Paris a ama também."

 "Eu a amo como certas coisas obscuras são amadas, secretamente, entre a sombra e a alma." 


Agora me diz: Quem, além de mim, não está louca para embarcar neste romance? 

Beijos de Luz :*


 

 




quinta-feira, 11 de julho de 2013

Efeitos colaterais


Não gosto de você! Se necessário, ainda grito: Não gosto de você! Mas por que meu corpo e meu coração insistem em dizer o contrário?

Será que alguém poderia me explicar o motivo de tanta preocupação ao saber que você estará no mesmo lugar que eu? Alguém poderia me apontar o porque daquele mini ataque do coração que tive quando te vi outro dia? Alguém poderia me dizer porque não conseguimos ficar tão pertos um do outro? Parece que tenho um certo tipo de alergia a você. Qualquer toque que nossas peles tenham e pronto! Meu coração dispara aceleradamente. Por que isso acontece, se... Eu não gosto de você!

Triste momento em que nossos olhares se cruzam... Parecemos sentir o mesmo, E logo abaixamos a cabeça. Os disfarces, as camuflagens, o mudar de assunto, nada esconde aquilo que já tá na cara. E se você toca em mim então, em algum tipo de brincadeira, cada vez mais séria... minha mão parece congelar. Meu corpo começa a suar frio, meu mundo parece desabar, mas porque isso? Se eu não gosto de você!

Asseguro-me mais uma vez dessa verdade tão irreal: Não gosto de você! Então alguém poderia me explicar o porque da minha mudança de cor quando vi que a ligação era sua? Ou da minha mudança repentina de humor ao ver que você não respondeu aquela minha mensagem? Ou do que meus dedos sentiram ao digitar seu número no meu celular? Não, mas isso não deve ser nada... digo a minha melhor amiga, aquela que escuta todas essas bobagens com uma cara de super desconfiança. -Claro que não, diz ela com olhar de sarcásmo. Nossa, mas por que tanta desconfiança, se... Eu não gosto de você!

Eu digo, repito, e repito outra vez... Mas não adianta! O mundo, as pessoas e meus sentimentos estão de mal comigo. Insistem em me contradizer, Mas mesmo assim, ainda insisto: Não, não gosto de você. O motivo de todos esses efeitos colaterais que você causa, nem mesmo um profissional poderia diagnosticar. É uma coisa tão estranha e inesplicável ao ponto de me confundir. E confusão é a última coisa que preciso nesse momento em minha vida. Você já é o bastante.

Já não tenho mais tanta certeza, mas continuo dizendo quantas vezes for necessário: N-ã-o g-o-s-t-o d-e v-o-c-ê ! É verdade sim, mas por que? Por que sinto tudo isso quando te vejo? Droga de sentimento que não me deixa me paz! Pra me livrar de tudo isso, mais uma vez eu digo: Não gosto de você! Pena que meu coração e meu corpo não podem dizer o mesmo.


                                                                                                                  (Alice M.)
                                                                                                    

terça-feira, 2 de julho de 2013

O beijo que não era francês

Desce no fim do post e dá o play ;)



Foi engraçado. O mais legal de tudo foi saber que você também se divertiu, apesar de todo o nosso nervosismo disfarçado por sorrisos. Não havia cenário deslumbrante nem música de fundo quando você me beijou. Mas o dia estava nublado e chuvoso, e isso era mais que perfeito pra mim, além de você, é claro, que fazia com tudo parecesse um filme. Lamentei o fato de não morarmos na França e aqui não nevar. Seria incrível poder visualizar a neve caindo ao mesmo tempo em que os seus lábios tocaram os meus. Acho que visualizar não é a palavra mais adequada para aquele instante, mas sim, sentir. O gelo das nossas mãos foi suficiente para nós.


Confesso que cheguei a olhar ao redor para verificar se não havia mesmo câmeras, um diretor de cinema e um texto para que eu não errasse a fala. Percebi que a fala era o que menos importava naquele momento.


Você estava sem jeito. Não sei por que, mas tive a sensação de que a culpa era minha. Não sei se era a minha falta de experiência ou meu jeito que era diferente das garotas que você estava acostumado (ou paranoia minha mesmo). Também não sei ao certo se isso foi ruim, mas acho que atuei direitinho. A única coisa que sei é que aquele lugar ficará marcado eternamente. Toda ás vezes que eu ou você passar por aquela praça, certamente ocorrerá uma viajem no tempo. E provavelmente sentiremos de novo aquele cheirinho de terra molhada junto com aquele velho sentimento mais conhecido como “frio na barriga”.


Quando fui embora, resolvi que iria guardar aquele momento comigo, junto com o meu guarda-chuva velho. Não queria compartilhar com ninguém. Não por nada, mas quem já sentiu algo parecido irá entender. É só vontade de ficar quietinha, no seu canto, sem ouvir opiniões ou conselhos que no fundo não são nada mais que verdades imensas. Eu queria lembrar e sorrir sem ter que explicar por que. Ser feliz em silêncio, apenas.